segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

LIMITES

ESTE TEXTO FOI RETIRADO DA REVISTA DO PROFESSOR DE ABRIL/JUNHO DE 2003, EMBORA JÁ TENHA QUASE SEIS ANOS, O TEMA ABORDADO CONTINUA SENDO DE RELEVANTE IMPORTANCIA NOS TEMPOS ATUAIS. Por que será que este tema continua sendo tão comentado? Por que a preocupação em dar limites às crianças? Antigamente as crianças não tinham direito de discordar dos mais velhos, sob pena de serem castigadas, e isso as tornavam, por vezes, reprimidas. Algum tempo depois ao tornarem-se pais , estas crianças não queriam que os seus filhos passassem o que eles haviam sofrido na infância; e assim para que estes não sofressem frustrações tudo foi sendo liberado. ZAGURY, no seu livro LIMITES SEM TRAUMA, diz que: "no afã de atender aos reclames da moderna pedagogia e da psicologia, os pais perderam um pouquinho o rumo e, sem querer, exageram na dose. Quiseram tanto acertar que por vezes erram." E agora? É necessário termos a certeza de que tipo de cidadãos desejamos formar, e que dar limites é essencial. Mas o que é dar limites?
  • É fazer a criança entender que é possível realizarmos inúmeras coisas que desejamos, mas nem tudo e nem sempre;
  • É ensinar que somos iguais e que temos os mesmos direitos;
  • É saber dizer não sempre que necessário;
  • Ensinar que as outras pessoas são tão importantes quanto nós;
  • Saber falar e ouvir na medida certa;
  • Ensinar que nem sempre temos razão e que nem tudo o que azemos é o mais impotante;
  • Ensinar que é importante respeitar o próximo com suas qualidades e defeitos;
  • Ser firme e seguro tanto na hora de dar um sim como um não.
Mas como conseguir tudo isso? TIBA tem uma dica em seu livro O LIMITE NA MEDIDA CERTA: " Dar limite ou disciplina é como algo vivo, que confere satisfação nos próprios atos de se organizar e de colher. Cada etapa precisa ter a própria satisfação para animar a pessoa a seguir em frente." Disclplina é um sinônimo de amor ao próximo, com o intuito de conduzi-los ao ápice de sua plenitude, onde o desenvolvimento da afetividade seja o ponto central desse grande empreendimento. Parece fácil, mas não se iluda, pois é necessário muita paciência e persistência para que a afetividade aflore através do resgate não só da família, mas também da escola para que resulte numa sociedade mais justa. Mas e a criança que não tem limites? ZAGURY destaca algumas consequências:
  • Desinteresse pelos estudos;
  • Falta de concentração;
  • Falta de capacidade de suportar as mínimas dificuldades;
  • Falta de persistência;
  • Desrespeito pelo outro e por autoridades em geral.
ROSSINI em seu livro PEDAGOGIA AFETIVA diz: "Criar um filho sem nunca dizer não significa comprometer seu equilíbrio futuro: será um ser humano com dificuldade de tomar conta do próprio destino." Sendo assim, a imposição de limites é a maior prova de amor que os pais e educadores podem dar aos filhos e alunos, para que se tornem cidadãos equilibrados, comprometidos, responsáveis e felizes.